Como todo momento de intensidade na vida de qualquer um, segue-se o the day after de constrastes, dúvidas, (quiçá saudade) e especialmente a sensação de "estar fora". Ou fora do lugar que gostaria, ou do momento que passou, ou por ter ficado, durante este momento de intensidade, fora de sua típica rotina e/ou do que está acostumado.
Chamo isso de "Sensação de Largamento" (de estar largado). Nada muito complicado, largado no mundo mesmo. (não poderia ser de "Largação" pois esse é de divórcio [regionalismo de MG separação de facto de um casal] , e definitivamente - pelo menos ainda não - divórcio do mundo, eu não quero, pelo menos ainda, quem sabe no futuro...). Ah, os imortais não reconhecem meu termo. Não tem problema, gosto de chá das 5 do mesmo jeito. ;-) Falando nisso...
Rebuscando de nossas aulas de cultura brasileira (booooas! - e não estou sendo irônico) referer-me-ia à "sensação de não pertencimento" ou até o "entre lugar". Não cabe, porém, explorar aqui o debate com estes conceitos, por suas profundidades, ou pelo possível devaneio em que me meterei, como já perceberam em outras oportunidades.
Falando em devaneios, peguei em flagrante um carro numa vaga para idosos (ou deficientes)! Não perdoei! Tirei foto! Depois posto.
Ao Largamento...
Enfim... sinto-me largado.
Acho que por isso, valorizo algumas pequenas grandes oportunidades, como a deste fds. Incomumente agitada - será um bom rescaldo do anterior, casamento do meu irmão -, além das tradicionais aulas de hj de noite, e amanhã de manhã (graças à Deus, sem simulado neste fds, não daria conta), um amigo antigo casará, chopp com amigos (não tão antigos) e um ex-colega de faculdade convidou para ir assistir uma peça.
"O Julgamento", é o nome.
Ele disse que é a minha cara a peça. Suspeito que tenha dito o mesmo para outras pessoas. Não é, entretanto, a cara dele fazer isso. Posto isso, quem não tem alguma identificação qualquer com qualquer peça, mesmo que seja pelo simples fato de criticá-la?
Será legal, arte como deve ser. bilheteria abre só 1h antes, local não só para arte, muito menos para consumo (shoppings). Me fará (sic) bem a experiência. Vou sim. (sem contar que é BEM mais barato e certamente BEM mais interessante que qualquer filme no cinema ou passei em lugarem que no fundo só querem que eu compre - onde não é assim mesmo?)
E a pergunta vem: O que ele faz na peça? Não, ele não está no papel principal. Não, não está no palco. E não... não... é o diretor neither (o que diabos ele é afinal?) Dono do teatro??? Também não. Parte da importante e f-u-n-d-a-m-e-n-t-a-l equipe de backstage. Só quem já esteve no suporte, sabe como é importante, difícil e na mesma medida essencial/necessário para o visível (e resultado final do todo) espetáculo. Como, entretanto, quase toda pessoa que "faz acontecer", raramente aparece, e/ou tem reconhecimento.
Vou sim.
Será uma forma de homenagear o trabalho, colocar a conversa em dia, falar do passado - situações como: lavar o pé na pia de uma das universidades mais conceituadas do mundo (tenho registro!) e... provavelmente lamuriar um pouco do presente Ah, e para variar, planejar o futuro!!! Claro! Como não??? ;-)
Assim, talvez, consiga perceber identidades (ou "não identidades") e me localizar novamente.
Incrível como uma única experiência pode nos levar a tantas reflexões, não é mesmo?
2 comentários:
Saudades do meu amigo.
Ok, isso foi uma comentário gay. :-p
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